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5º Fala Ciência acontece na PUC Minas

Segunda-feira, 18 de junho de 2018
Última modificação: Segunda-feira, 18 de junho de 2018

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O 5º Fala Ciência aconteceu na última 3ª feira, no auditório do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. Na abertura do evento, Sérgio de Morais Hanriot, pró-reitor de Pesquisa e de Pós-graduação, e Mozahir Salomão Bruck, secretário de Comunicação da Universidade e coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social, enfatizaram a importância da divulgação científica, possibilitando que as pessoas se tornem melhor informadas acerca do que é desenvolvido em pesquisas.

Cinco temáticas foram abordadas durante todo o dia de evento. Em Mídia e divulgação científica: mais inquietações, menos certezas, a professora Denise Tavares da Universidade Federal Fluminense (UFF) falou da importância em criarmos uma cultura científica, assim como há uma cultura de arte e de comportamentos. Ela discorreu sobre processos, investimentos e ambiguidades que são desafios para a divulgação científica.

A professora Silvania do Nascimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o tema Indicadores de impacto da atividade de divulgação científica, apontou que o conhecimento científico é polissêmico, mas a comunicação do cientista para os pares é monológica, muitas vezes com o apagamento das vozes dissonantes. Retomou um aspecto discutido na palestra anterior sobre a ciência ainda não fazer parte da cultura brasileira, portanto, popularizar a ciência no Brasil, é um desafio.

O pesquisador Luís Amorim, coordenador do Núcleo de Estudos de Divulgação Científica da Fiocruz, com o tema: Um raio X dos jornalistas de ciência: há uma nova “onda” no jornalismo científico no Brasil?, apresentou os resultados de uma pesquisa, publicada em 2013, sobre o perfil do jornalista científico brasileiro. Entre alguns achados dessa pesquisa está que a maioria desses jornalistas se encontra na faixa etária entre 31 e 50 anos, 43% tem mestrado e 16% com doutorado. Sobre a missão do jornalista científico, 41% deles disseram que era informar e 31% traduzir as informações para o público.

Fake News, Fake Issues: como lidar com a desinformação em ciência e tecnologia, foi o tema da palestra do professor Yurij Castelfranchi da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).  Valores e interesses políticos, coletivos ou individuais aparecem como responsáveis pela disseminação de notícias falsas. De acordo com Yurij, a “dissonância cognitiva” é a maior influenciadora, por estamos propensos a acreditar e reproduzir aquilo que alimenta nossos preconceitos. Yurij alertou para a necessidade de ficarmos atentos quando acreditamos rapidamente em uma notícia. “Nesta hora, precisamos parar e pensar se a informação é um fato ou se queremos que aquilo seja verdade, porque não confronta com nossos valores e interesses”, ressaltou.

A palestra proferida por Luana Cruz, professora da PUC Minas, Newton Paiva e ESP-MG, abordou o tema Novas linguagens para a divulgação científica nas redes sociais. Luana apresentou um estudo de caso da revista Minas Faz Ciência, abordando os desafios e estratégias de publicações científicas em redes sociais. A professora colocou que o periódico está em busca de ocupar nas redes sociais o espaço da ciência mineira e apresentou as estratégias que têm dado certo, como: nova linguagem para os assuntos abordados, cobertura de eventos e o investimento em estratégias de campanhas de compartilhamento que utilizam hashtag.

 O Fala Ciência

O Fala Ciência, promovido pela Rede Mineira de Comunicação Científica (RMCC),  é um evento que proporciona um curso de comunicação pública da ciência e tecnologia destinado a pesquisadores, jornalistas, estudantes e profissionais de diferentes áreas com interesse em aprender e discutir a comunicação pública da ciência e tecnologia.

 A Rede Mineira de Divulgação Científica (RMCC)

Criada em 2015, por iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a RMCC é uma iniciativa sem fins lucrativos que reúne as estruturas de comunicação pública da ciência de universidades e de Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais (ICTI). Tem o objetivo de promover e difundir a cultura científica para fortalecer o acesso à ciência, à tecnologia e à inovação como direito primordial à cidadania.

A Rede é composta por 18 instituições, entre universidades instaladas no Estado (UFMG, UFJF, UFV, Ufla, UFVJM, Uemg, ESP-MG, CEFET-MG, PUC Minas, UFU, Unifei, UFSJ e Ufop),  instituições de pesquisa (Fapemig, Epamig, Funed), a Fundação Hemominas e  a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes).